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Marketing Jurídico de Conteúdo: por onde começar



Biblioteca Cellera de conteúdo jurídico

Apesar da crise, o Brasil continua sendo um grande mercado para advogados. O excesso de burocracia e a complexidade legal fazem do país um dos que mais gastam com serviços jurídicos no mundo: 1,4% do PIB ao ano, segundo o Conselho Nacional de Justiça, contra 0,4% da Alemanha. Segundo a Fenalaw, as sociedades de advogados brasileiras faturam R$ 50 bilhões por ano.

Por outro lado, há mais de 5 milhões de bachareis em Direito e de 1 milhão de cadastrados na OAB, divididos em 100 mil escritórios. O avanço das lawtechs ou legaltechs chacoalha o status quo deste mercado e abre oportunidades para a ascensão de novos players e modelos de negócios inovadores. Nos EUA, já há pelo menos um case famoso neste sentido, da banca 2nd Law, criada por uma advogada iraniana naturalizada americana. Com uso de inteligência artificial, ela cobra, por exemplo, US$ 199 para fazer um acordo pré-nupcial que outros advogados fazem por uma média de US$ 2.500.

Ou seja, para além da tecnologia, mais do que nunca as sociedades de advogados precisam investir num Plano de Negócios em que tenham muito claros seus públicos-alvo e os diferenciais competitivos que oferecem, na comparação com a concorrência. Empreender em um negócio jurídico não é muito diferente de fazer o mesmo em qualquer outro setor. Há a regulação da OAB, inclusive com as restrições à publicidade que prevê o seu Código de Ética, assim como ocorre em outros setores, do financeiro ao de mineração.

O que se pode observar, na prática, é que falta formação básica para advogados, médicos, jornalistas – enfim, todos os brasileiros que não estudaram administração ou talvez economia – para se tornarem empreendedores.

Quando vamos fazer um planejamento da Comunicação Jurídica e perguntamos pelo público-alvo e os objetivos de negócio da sociedade de advogados, em geral, os sócios se entreolham ou como se nunca tivessem pensado nisso ou como se ainda não houvesse uma definição. Nos grandes escritórios isso obviamente é diferente. Foi até por saberem que existem quatro funções básicas da administração (planejar, organizar, dirigir e controlar) e terem atenção com cada uma delas que eles se tornaram grandes.

Em muitos casos, a agência busca atender às necessidades pontuais dos escritórios, com seus planos de mais curto prazo. Mas destacamos que essa não é a prática mais recomendável. Isso porque na era em que todas as organizações se tornaram também organizações de mídia, a estratégia de comunicação precisa ter consistência para ser capaz de produzir relacionamentos duradouros e prósperos. Não é sustentável relacionar-se com alguém apenas por um interesse pontual, fomentar um público, para, em pouco tempo, abandoná-lo.

Por isso, especialmente em casos em que os advogados demonstram não ter noção do que é um Plano de Negócios, recomendamos buscar a ajuda do Sebrae, que possui um excelente curso que ensina noções básicas de empreendedorismo e gestão: o Empretec. Há também um livro muito completo para isso que foi lançado no Brasil com o título Manual do CEO. O autor mantém um blog, em inglês, em que apresenta atualizações constantes sobre todas as áreas de negócios: o Personal MBA.

Superada esta etapa, a sociedade de advogados está apta a investir na Comunicação Jurídica

Ainda que o Código de Ética da OAB não vetasse a publicidade, como apontamos em post anterior, “interromper o seu público-alvo com o único objetivo de aumentar as vendas, expondo-o a mensagens de teor publicitário, deixou de ser uma estratégia eficaz”. Com todas as possibilidades que a tecnologia trouxe para o campo da comunicação, a melhor alternativa hoje para uma organização jurídica relacionar-se com seus públicos de interesse, os seus stakeholders, é o Marketing Jurídico de Conteúdo, ou como formatado na Proposta de Valor da Cellera, o Law Branded Content.

O desenvolvimento de uma estratégia que integre melhores técnicas, ferramentas e plataformas para produção de conteúdo pode ser mais sofisticado do que se imagina. Isso pode ser feito com a segmentação de sites, blogs e posts para públicos diferentes, por exemplo, até com a criação de eventos, publicações e outras oportunidades de exposição da marca da organização, dentro do que se chama Brand Publishing.

A Cellera é especializada na elaboração de estratégias de sucesso e na produção de conteúdo jurídico desde a sua fundação, em 2001. Fazemos a gestão do início ao fim desse processo, desde a criação de sites e blogs até a gestão das redes sociais e a análise dos ROI (retorno dos investimentos). Em todo caso, o que mais nos realiza profissionalmente, como apaixonados e estudiosos do campo do jornalismo, são os projetos de Brand Publishing.

Por isso, apesar de oferecermos os serviços de Marketing Jurídico de Conteúdo, damos cursos e apresentamos aos clientes nossa Proposta de Valor de Law Branded Content em detalhes. Assim, como destacamos, nenhum advogado precisa depender da Cellera para começar a produzir e publicar conteúdo capaz de agregar valor às suas atividades.

O básico é conhecer seu público-alvo e criar um blog para ele. Busque ser o primeiro a informá-lo sobre as novidades que possam ser de seu interesse. Se o assunto já for noticiado, encontre algum aspecto de que ninguém falou para destacar. Além disso, use linguagem que ele possa entender, então sempre fuja do juridiquês. Lembre-se de que seu público é disputado por concorrentes seus. Quem conseguir responder mais claramente e rapidamente às questões que ele precisa responder vai ganhar essa corrida.

Antes de publicar seus textos, escolha boas imagens para ilustrá-los. Dê preferência a fotos suas ou do seu escritório, para conferir mais autenticidade e sensação de proximidade com seu público. Mais do que isso, quando puder, grave vídeos. Enquadre, evite tremer e grave em um local silencioso e com boa iluminação, mas não se preocupe muito mais com a técnica. O privilégio à qualidade da mensagem, no timing certo, traz o retorno de credibilidade que se espera dessa iniciativa.

Em seguida, escolha as redes sociais mais afins a seu público e compartilhe os links do conteúdo publicado. Relacione-se virtualmente e, sempre que possível, no mundo real. Como escreveu Keith Ferrazzi em seu livro já clássico, “nunca almoce sozinho”.

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